O orgulho nos cega e não nos deixa ver as piores coisas que
praticamos
“’Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’” (Lucas 18, 13)
A Palavra de Deus, que vem hoje ao nosso encontro, mostra-nos dois modelos de oração: um bom e outro péssimo. Nós, muitas vezes, se não vigiarmos nossa conduta, correremos o risco de seguir o mau exemplo ou o mau modelo até na forma de orarmos e nos relacionarmos com Deus.
A oração do fariseu estava repleta de soberba, porque ele rezava justamente para dizer a Deus que não se parecia com os outros homens, que não cometia esse ou aquele pecado, que estava sempre ali para fazer a vontade do Senhor.
O fariseu colocava diante do Senhor os sacrifícios que fazia e os jejuns que praticava, o dízimo que pagava e a oração soberba.
A pessoa que se sente orgulhosa das coisas que faz, sente-se melhor que os outros, pois o coração dela está repleto de orgulho: “Eu sou bom mesmo, eu faço tudo isso!”.
O pobre publicano, cobrador de impostos, humildemente não tem coragem nem de levantar os olhos para o céu. Apenas bate no peito e suplica piedade e misericórdia pelos seus pecados. Reconhece sua miséria e fragilidades, sabe que até o pouco bem que faz não é por si mesmo, mas por graça de Deus.
Amados irmãos e irmãs, o orgulho é uma tentação terrível, a soberba está nos circundando onde quer que estejamos, e até no nosso relacionamento com Deus ela não permite que nos aproximemos d’Ele. Foi ela que derrubou nossos pais no paraíso e os distanciou de Deus, e ela continua atormentando nossa vida, não permitindo que nos aproximemos do Senhor como deveríamos.
A humilhação nos leva à humildade de reconhecermos: “Sou fraco, pecador, negligente e falho. Eu erro, por isso preciso de Ti, Senhor. Preciso da Sua misericórdia, do Seu socorro, da Sua ajuda e bênção. Sem Ti eu não sou nada!”.
Humildade é reconhecer que grande é só Deus, que sem Ele não somos nada. Humildade é não nos deixarmos vencer por nada daquilo que fazemos. Sentimento de grandeza é pensar: “Sou melhor que os outros, sou mais que os outros por aquilo que eu faço e por aquilo que eu não faço. Não ando nesses lugares, não cometo, nunca cometi esses pecados.
Que bom que Deus me preservou!”.
O orgulho nos cega e não nos deixa ver as piores coisas que praticamos. Não temos visão nem consciência do quanto o orgulho nos torna cegos.
Que Deus nos livre desse mal!
Que o bom Deus abençoe você!
sábado, 5 de março de 2016
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