Precisamos esbanjar misericórdia para com aqueles que falham, assim
como Deus esbanja misericórdia para conosco
“’Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles’” (Lucas 15, 2).
Jesus é a misericórdia de Deus encarnada, presente e viva no meio de nós. Jesus é a expressão maior desse amor misericordioso do Pai para conosco. Por isso, os fariseus e os mestres da lei estavam escandalizados, criticando o Senhor, porque Ele acolheu os pecadores e participou de uma refeição com eles.
Quem tem um coração misericordioso como o coração do Pai do Céu acolhe aquele que peca, que erra, falha e faz refeição, faz comunhão e vida, faz-se presente não para julgar nem condenar, mas para acolher, amar, ajudar e dizer: “Eu estou contigo!”.
Deus nos diz, mesmo com nossos maiores pecados: “Eu estou contigo, meu filho, e dessa lama eu queria arrancá-lo. Por isso, de braços abertos, eu o acolho sujo, enlameado”. A parábola do filho pródigo ou a parábola dos dois irmãos, mostra-nos, acima de tudo, a figura de um pai totalmente pródigo, que esbanja misericórdia de uma forma única e sublime.
Um pai que guarda a melhor roupa, que guarda o anel e a sandália, para acolher seu filho que se machucou, extraviou-se e perdeu-se pelas sendas deste mundo.
O coração misericordioso do Pai está com as portas escancaradas para acolher qualquer pecador, para acolher cada um de nós em nossas mais profundas misérias, a fim de nos lavar, purificar e redimir.
Só quem experimenta a profundidade da misericórdia de Deus consegue ser, também, profundamente misericordioso com aquele que peca, que falha e erra. Nossas igrejas, comunidades, nossas casas e famílias precisam ser como o coração de Deus, lugar do acolhimento, de receber o filho que está machucado, a ovelha que está desgarrada, a moeda que foi perdida.
Somos tão valiosos, tão preciosos aos olhos do Senhor que Ele nos espera de braços abertos para nos devolver a dignidade que o pecado rouba da nossa alma e do nosso coração.
Por isso, é preciso fazer festa quando aquele que erra volta, é preciso ter um coração aberto e não olhar com desconfiança, discriminação e preconceito quando o irmão quer voltar. É preciso, primeiro, dar a ele a roupa da dignidade, oferecer-lhe a misericórdia sublime de Deus. As outras coisas vão se ajeitando depois, vão se acertando ao longo do caminho.
O que não podemos deixar de ser é expressão da misericórdia de Deus para quem falha, para quem erra.
Assim como Deus esbanja sua misericórdia para conosco, nós precisamos também esbanjar muito amor e misericórdia para com aquele que falha.
Deus abençoe você!
domingo, 6 de março de 2016
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