No evangelho de Lucas a expressão esta também no contexto do discipulado: seguir Jesus no caminho para Jerusalém (Lc 13,22). Em ambos trata-se da salvação. Importa esforçar-se com vigor, pois salvar-se não é fácil. Esforço significa empenho, garra, urgência. Salvar-se é a meta prioritária da vida. É difícil. É uma porta estreita: esta aberta a todos, poucos a procuram, podem se fechar de repente e não mais se abrir.
A porta estreita é oposta à porta larga. Cada uma abre-se para uma estrada própria.
O caminho depois da estreita é difícil, nada convidativo aos sentidos. Renúncias, sacrifícios, incômodos, choro e lágrimas. Aquele depois da larga é fácil, atraente e na aparência é o preferido. Prazeres, risos, conforto e festas. Parece ainda que aos malvados tudo vá bem enquanto aos bons tudo sai mal.
Ora, a escolha impensada engana. Traz arrependimentos tardios. A vida muda. O caminho estreito pode se alargar abrindo-se a horizontes de alegrias mil, e pode o largo ir se estreitando causando mil tristezas. Apesar de ver o fracasso e as decepções de muitos que escolheram a porta espaçosa, outros mais continuam preferindo-a. Talvez pensem que terão sorte!
A contraposição entre os dois caminhos é no fundo a mesma entre o bem e o mal. Jesus nos avisa: prefiram à porta estreita, é por ela o caminho e vale todo esforço. (Lc 13,23-24). Ele mesmo, o Bom Pastor, se compara à porta e ao caminho: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. (Jô 14,6). Seguindo o caminho do Mestre sem desvios, os discípulos serão os sais, a luz, o fermento na convivência humana. A quaresma tempo oportuno de conversão nos leva à porta estreita. Participando da Campanha da Fraternidade percebemos o poder corruptor do dinheiro. Adorado no lugar de Deus ele empobrece a pessoa humana nele mesma.
P: Qual porta tens escolhido?
A palavra de Deus é clara.
Amém???
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