Muitas vezes, comemos os frutos amargos da
vida, porque eles são consequências dos nossos erros e pecados não reparados
“De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento o filho que te nasceu morrerá” (Sm 12, 13-14).
Estamos acompanhando, nestes dias, na Palavra de Deus, a bela história de Davi, que é para nós modelo de humanidade que se abre para a graça divina. Davi foi bem visto, querido por Deus desde sua mocidade pela simplicidade e humanidade, pois o Senhor não olha as aparências, mas o coração.
Davi foi crescendo aos olhos de Deus e dos homens, foi ficando cada vez mais querido em Israel. Vimos como ele se tornou rei de Israel e, até hoje, para a história do povo eleito, não houve um rei mais importante e querido do que ele. Davi, no entanto, pecou, falhou, foi humano.
Não vamos, hoje, apenas tratar dessa humanidade de Davi, mas a maneira como se enveredou pelo pecado.
Primeiro, o pecado da cobiça, pois ele desejou a mulher do próximo. Não foi só o fato de tê-la cobiçado enquanto tomava banho, mas por deixar o sentimento crescer em seu coração. Ele a desejou, foi atrás dela e juntou-se à mulher que não era dele.
Uma vez que pecou, juntou-se um pecado com mais outro, e Davi deu um jeito de eliminar o esposo daquela mulher. Ele mesmo planejou a morte, deu um jeito de colocá-lo à frente da batalha, porque logo iria morrer, e assim o fez.
Davi achava que ninguém havia visto seu mau procedimento, por isso fingiu que nada havia acontecido.
Quando Natã foi até sua casa e contou-lhe uma parábola, Davi agiu com veemência diante do mau procedimento, a partir da parábola contada por Natã.
Natã disse: “Esse homem és tu!”. A partir disso, Davi caiu por terra e tomou consciência de que havia pecado gravemente contra o Senhor.
Sabe, meus irmãos, muitas vezes cometemos erros, traquinagens e maldades; agimos mal em relação ao outro e chegamos a dizer: “Ninguém está vendo o que estou cometendo!”.
Como se Deus não fosse ninguém, como se diante d’Ele pudéssemos fazer tudo e depois dizer: “Perdoe-me, Senhor!”.
Deus não nos nega o perdão, mas não podemos ser sem vergonha na vida, porque o nosso mau procedimento está à nossa frente. Não precisamos acusar ninguém, mas tomar consciência do que fazemos, sobretudo, se prejudicamos o nosso próximo.
O pecado de Davi foi grande, porque prejudicou gravemente alguém, e ele simplesmente fingiu que nada havia acontecido. Nós, muitas vezes, falamos mal, procedemos mal, julgamos, condenados, espalhamos coisas negativas em relação ao próximo e ferimos o direito do próximo sem tomarmos consciência da gravidade dos nossos erros.
Que não diminuamos o grau da nossa consciência e retidão, e que sejamos honestos com nós mesmos, com Deus e com o próximo.
O Senhor não condena ninguém. Muitas vezes, comemos os frutos amargos da vida, porque eles são consequência dos nossos erros e pecados não reparados.
Davi humilhou-se profundamente na presença de Deus e arrependeu-se de seus pecados.
Que a humildade de Davi caia sobre nossos corações, para que tenhamos a humildade de reconhecer os nossos próprios pecados.
Deus abençoe você!
sábado, 30 de janeiro de 2016
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