Pratiquemos sempre a caridade ao
nosso próximo. Não existe dia, momento, lei que nos impeça de cuidar do outro, do seu sofrimento e de suas necessidades
“Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” (Lucas 14, 5).
Os mestres da Lei e os fariseus estavam novamente escandalizados com Jesus, porque Ele curou um hidrópico num dia de sábado.
Por isso procuraram contestar Jesus, que pergunta na mesma medida: “A Lei permite ou não fazer o bem? Curar alguém? Praticar a caridade em dia de sábado?”.
Há um problema muito sério na sociedade que se chama “indiferença” para com Deus e as coisas d’Ele. Em muitos lugares e situações, o dia do Senhor já não é guardado, o domingo já não é um dia sagrado, os dias santos para algumas pessoas nem existem mais.
Se esse é um extremo da vida, da indiferença religiosa para com as sagradas coisas de Deus, há outro extremismo por parte dos religiosos.
Esses colocam a Lei religiosa acima de qualquer coisa, praticam os preceitos, a vivência religiosa, vão aos cultos, às celebrações, às Missas e tudo mais, mas colocam as práticas acima do ensino maior da religião e da fé, que é a prática da caridade.
Não existe dia, momento ou lei que nos impeçam de cuidar do outro, do seu sofrimento, de suas necessidades, do seu aperto.
Se não podemos relaxar na prática da vontade da Lei de Deus em nossa vida, ao mesmo tempo não podemos cair no extremismo, no rigorismo de observar a lei pela lei e não vivermos a caridade acima de todas as coisas.
A conversão, para a qual Jesus chama à atenção os fariseus e doutores da Lei, é para que não se prendam à letra, mas ao espírito da Lei, porque esta está a serviço do homem, de uma vida ordenada, organizada, disciplinada para que as coisas não se misturem e virem bagunça. Mas todas as vezes que for necessário, a caridade, o cuidado e o amor estão acima de qualquer lei!
Por isso, nenhum preceito religioso nos prende ou pode nos impossibilitar de fazer o bem e cuidar do outro!
Penso em tantas pessoas impossibilitadas, impedidas de estarem nas celebrações, de vivenciarem as coisas de Deus, porque estão em uma cama doente, enferma, sofrida, machucada ou por estarem cuidando de alguém nessa situação.
O Deus que está no culto, na celebração, no Sacrário é o mesmo que está presente no coração solidário, fraterno de quem cuida dos sofrimentos do outro.
O Cristo Jesus que comungamos na Missa é o mesmo que está na pessoa do enfermo.
Não se sinta menor ou menos religioso se alguma coisa o impede de participar do culto divino ou das obrigações religiosas, porque você está cuidando do sofrimento e da necessidade do outro.
Cristo está presente para você no sofrimento do outro, e você é Cristo para o outro quando está cuidando dele!
Deus abençoe você!
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
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