Não é um mistério fácil
de ser vivido, mas para quem se sente chamado ao matrimônio essa reflexão se faz muito importante: “E daqui para frente os dois serão uma só carne!”.
“Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!” (Marcos 10, 7-9).
Há uma beleza única na união do homem com a mulher, uma beleza que foi plantada no coração de ambos, quando foram criados por Deus no princípio.
No início de todas as coisas, quando Deus criou o mundo, Ele criou o homem para ser da mulher e a mulher para ser do homem. Aqui, o ‘ser’ não quer dizer o ser de possuir, mas o ser de se entregar, onde um precisa do outro para que a integração aconteça.
Queremos exaltar o valor da união indescritível do homem e da mulher, do casamento, do matrimônio. E aqui algumas considerações são muito importantes. Por mais que alguns apregoem o casamento como algo descartável ou o leve de forma superficial – “estão unidos enquanto dá certo” – e, assim por diante. É preciso resistir às tentações e ir às profundezas da compreensão, da reflexão, do sentido primitivo do matrimônio no coração do Criador.
A primeira coisa: tanto o homem como a mulher precisam deixar seu pai e sua mãe. Muitos casamentos não se cumprem, não chegam à plenitude ou não conseguem atingir o ápice da vida matrimonial, porque, muitas vezes, um ou outro está preso às realidades anteriores. A mulher não consegue viver sem sua mãe, sem seu pai, sem seus irmãos; ela quer casar, mas quer permanecer na mesma casa, quer permanecer ligada.
Não é que precisa se desligar, não falar mais com o pai, com a mãe, mas aqui é uma prioridade, não uma ordem. É preciso deixar e inverter, é prioridade! O mais importante para o homem não é mais o seu pai e sua mãe, mas a mulher que assumiu como sua companheira. O mais importante para a mulher, agora, não é também os seus irmãos, os seus pais, ou assim por diante; o mais importante é o homem que ela, agora, está assumindo.
Não é um mistério fácil de ser vivido, mas para quem se sente chamado ao matrimônio essa reflexão se faz muito importante: “E daqui para frente os dois serão uma só carne!”, é preciso respeitar a individualidade, respeitar o que cada um tem de particular, mas os dois caminham numa só direção, constituem uma só família. Portanto, não é a mulher para um lado e o homem para o outro, de modo que tenham segredos, tenham a vida particular que o outro não conheça e assim por diante.
Na vida matrimonial, aqueles que são chamados a assumir essa graça, precisam, dia a dia, descobrir a graça da unicidade da vida a dois. O casamento, o matrimônio é uma riqueza, uma beleza; existem os desafios, existem as necessidades a serem superadas, mas à medida em que se medita a grandeza, o valor sagrado, os dons sublimes que são reservados ao homem e à mulher, na vivência desses sacramentos, ele é mais valorizado, mais respeitado e o amor entre ambos só tende a crescer.
Deus abençoe você!
domingo, 4 de outubro de 2015
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