Não somos os santos, os justos
que deveríamos ser ou desejamos ser, mas reconheçamos que vamos continuar lutando, nos esforçando e, sobretudo, contando, todos os dias, com a graça do Senhor
“Com efeito, não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero” (Romanos 7, 19).
São Paulo, hoje, apresenta-se para nós como um homem fraco e sem potência diante do mal, do pecado e de suas próprias fragilidades.
É muito belo termos a graça de reconhecer as nossas fraquezas e nossos limites, não é nenhuma vergonha saber que, muitas vezes, quisemos fazer o bem, desejamos fazê-lo, quisemos fazer a coisa certa, mas não conseguimos.
A impotência que São Paulo nos apresenta é a que muitos de nós vivemos em nossa vida cristã, humana, em nossos relacionamentos. Porque, nós temos muitas boas intenções, aspiramos fazer muita coisa correta, justa e, muitas vezes, quando temos a melhor das intenções, não conseguimos fazer o bem ou os propósitos que desejamos na vida.
Na vida pessoal fazemos tantos propósitos: ‘Não vou mais fazer isso e aquilo!’ Até fazemos aquele propósito bem justo dentro de nós: ‘A partir de hoje não faço mais isso!’ .
O outro se propõe: ‘Não vou mais fumar! Não vou mais beber! Não vou falar mal de mais ninguém!’. Quando, de repente, está bebendo mais do que em outros tempos, está fumando mais do que queria, continua falando mal da vida dos outros, continua praticando isso ou aquilo que não desejaria fazer.
Isso é para desanimar? É para nos deixar esmorecidos? Pelo contrário, é para, primeiro, nos dar ciência da fragilidade humana que todos nós somos. Não somos super-heróis, não somos máquinas!E, ao mesmo tempo, para nos dar a consciência do quanto dependemos da graça de Deus.
A grande dádiva da vida humana é a soma do esforço humano e da graça divina. Precisamos nos esforçar, combater, lutar; precisamos realmente querer fazer o bem, nos esforçar para fazer o que é correto, justo e nos superar a cada dia. Mas vamos, muitas vezes, na força da superação, nos deparar com nossas fraquezas e fragilidades.
Entreguemo-nos a Deus, reconheçamos diante d’Ele que somos fracos e, muitas vezes, incapazes. Mas, reconheçamos que é a graça de Deus que nos mantém de pé. Não somos os santos, os justos que deveríamos ser ou desejamos ser, mas reconheçamos que vamos continuar lutando, nos esforçando e, sobretudo, contando, todos os dias, com a graça do Senhor. Reconheçamos: ‘É verdade que já não sou mais o homem que era antes, já tive mais vícios, pecados, mais fraquezas, mas não sou o homem que ainda desejaria ser ou precisaria ser, mas não posso negar que a graça de Deus me faz progredir’.
Continuemos a progredir; alguns talvez mais lentamente, outros consigam avançar um pouco mais, mas o importante é contarmos com a graça de Deus para não esmorecermos e progredirmos sempre.
Deus abençoe você!
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
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